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Síndrome do Pânico: sintomas físicos e tratamento

24 de abril de 2018

A Síndrome do pânico é um dos transtornos de ansiedade mais comum. É geralmente diagnosticado em pessoas que experimentam ataques de medo e pânico espontâneas, repentinas e inesperadas.

Os epsódios de síndrome do pânico são marcados por crises de ansiedade quase que inexplicáveis, que podem estar associados a sintomas físicos semelhantes ao de um ataque cardíaco. Estima-se que 3% dos brasileiros experimentem pelo 1 epsódio por ano.

Os indivíduos com este quadro, em geral, permanecem constantemente preocupados com o medo de um ataque recorrente. Os ataques de pânico ocorrem inesperadamente, às vezes até durante o sono.

A Síndrome do Pânico afeta milhões de pessoas
Cerca de seis milhões de americanos experimentam um episódio de síndrome de pânico em um determinado ano. Normalmente, no início da idade adulta, as mulheres são duas vezes mais propensas que os homens a ter transtorno de pânico.

Segundo dados do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (IPq – HCFMUSP), 10% da população pode sofrer crises sem motivo aparente, denominadas crises de pânico. Cerca de 3,5% dessas pessoas sofrem ataques repetidos, o que pode causar alterações no comportamento e um medo intenso.

Segundo Artur Scarpato, psicólogo, mestre em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e especialista no tratamento de Transtornos de Ansiedade, a Síndrome do Pânico é um transtorno no qual a ansiedade, que ocorre de modo alterado, é o principal sintoma. A pessoa sente ansiedade e ao mesmo tempo se apavora com suas reações. É um movimento duplo de sentir e temer o que se sente, o que intensifica a reação emocional a um grau extremo de ansiedade, um estado psicológico de pânico.

Ataque de pânico
Um ataque geralmente passa em 5-10 minutos, mas pode durar horas. Pode parecer que você está tendo um ataque cardíaco ou um derrame. Portanto, as pessoas com ataques de pânico geralmente acabam na sala de emergência para avaliação.
Se não for tratada, o transtorno de pânico pode levar à agorafobia, um medo intenso de estar fora ou em espaços fechados.

Sintomas físicos da síndrome do pânico
A síndrome do pânico inclui pelo menos quatro dos seguintes sintomas:

• Palpitações, coração batendo ou aceleração cardíaca
• Sudorese
• Tremores ou estremecimentos
• Sensações de falta de ar ou sufocação
• Sentimentos de bloqueio
• Dor no peito ou desconforto
• Náuseas ou desconforto abdominal
• Sentir-se tonto, instável, com cabeça leve ou desmaiar
• Calafrios ou sensações de calor
• Parestesia (sensações de dormência ou formigamento)
• Desrealização (sentimentos de irrealidade) ou despersonalização (sendo separado de si mesmo) *
• Medo de perder o controle ou “enlouquecer”
• Medo de morrer

A despersonalização ou desrealização ou “DP” é uma doença reconhecida pela psiquiatria e psicologia. A pessoa pode adquiri-la através de outros problemas como, depressão, transtorno bipolar e de personalidade, além de esquizofrenia. Ou pode adquiri-la naturalmente, com situações de ansiedade ou através de traumas vividos, tanto físicos quanto psicológicos. A mente pode simplesmente se dissociar da realidade, como um mecanismo de defesa no caso de um conflito interno muito intenso.

Síndrome do pânico x outros diagnósticos
Muitos dos sintomas do transtorno de pânico imitam aqueles de doenças cardíacas. Ou também os problemas de tireóide, distúrbios respiratórios e outras doenças. Em função disso, as pessoas com transtorno de pânico muitas vezes decidem procurar um cardiologista ao perceber tais sinais. Alguns fazem muitas visitas a salas de emergência ou consultórios médicos, convencidos de que eles têm uma questão que ameaça a vida.

Alguns indivíduos demoram meses ou anos, convivem com muita frustração antes de obter um diagnóstico adequado. Em geral, eles têm medo ou vergonha de contar a outras pessoas, incluindo seus médicos ou entes queridos, o que estão sentindo ou experimentando por medo de serem vistos como um hipocondríaco. Em vez disso, eles sofrem em silêncio, distanciando-se de amigos, familiares e outros que poderiam ser úteis.
Muitas pessoas que sofrem de ataques de pânico não sabem que têm um transtorno real e altamente tratável.

Agorafobia
Algumas pessoas param de entrar em situações ou lugares em que eles já tiveram um ataque de pânico em antecipação a isso acontecer novamente.
Essas pessoas têm agorafobia, e normalmente evitam lugares públicos onde eles sentem que a fuga imediata pode ser difícil, como shopping centers, transportes públicos ou grandes arenas esportivas. Cerca de uma em cada três pessoas com transtorno de pânico desenvolve agorafobia. Seu mundo pode tornar-se pequeno, pois eles estão constantemente de guarda, esperando o próximo ataque de pânico. Algumas pessoas desenvolvem uma rota ou território fixo, e pode tornar-se impossível para eles viajar além de suas zonas de segurança sem sofrer com a ansiedade severa.

Causas da Síndrome do Pânico
Ainda não se sabe exatamente o que causa a síndrome do pânico. Pesquisadores descobriram que ela pode ser frequente em algumas famílias, mas não há certeza de quanto disso é por causa de seus genes ou do ambiente em que cresceram. Pessoas com síndrome do pânico podem ter cérebros que são especialmente sensíveis para responder ao medo.
Portanto, transtorno do pânico pode estar geneticamente ligado. Ele está associado a transições significativas que ocorrem na vida. Deixar a casa dos pais para a faculdade, se casar ou ter o seu primeiro filho são todas as principais transições de vida que podem criar estresse e levar ao desenvolvimento do transtorno do pânico.
Informações sobre a doença indicam que certos grupos são mais propensos a desenvolver o distúrbio. Em particular, as mulheres são duas vezes mais propensas que os homens a desenvolver a doença. Recorrer a drogas ou álcool para tentar lidar com o transtorno do pânico, por sua vez, pode piorar os sintomas.
As pessoas com esse distúrbio muitas vezes também têm depressão grave. Mas não há evidência de que uma condição cause a outra.

Como a síndrome do pânico é diagnosticada?
Se você estiver sentindo sintomas de um ataque de pânico, procure um atendimento médico de emergência. A maioria das pessoas que experimentam um ataque de pânico pela primeira vez acreditam que estão tendo um ataque cardíaco.
No hospital, o médico de plantão irá realizar vários exames para ver se seus sintomas são causados por um ataque cardíaco. Ele poderá solicitar exames de sangue para descartar outras condições que podem causar sintomas semelhantes. Poderá pedir um eletrocardiograma (ECG) para verificar sua função cardíaca.
Um médico psiquiatra ou clínico geral poderá fazer algumas perguntas sobre suas condições emocionais. É possível que ele pergunte sobre os gatilhos ou origem dos seus sintomas. Todos os outros distúrbios médicos serão descartados antes que o médico faça um diagnóstico de transtorno do pânico. Descartadas as hipóteses de problemas cardíacos, provavelmente o indivíduo será encaminhado para um tratamento com um psicólogo ou psiquiatra.

Tratamento
Como outros transtornos de ansiedade, a síndrome do pânico e agorafobia podem ser tratados.
A maioria das pessoas encontra melhora significativa com o processo de psicoterapia. O sucesso do tratamento varia entre as pessoas. Alguns podem responder ao tratamento após alguns meses, enquanto outras pessoas podem precisar de mais de um ano. O tratamento pode ser mais extenso se uma pessoa tiver mais de um transtorno de ansiedade ou sofrer de depressão ou abuso de substâncias, razão pela qual deve ser adaptado ao indivíduo.
Embora a psicoterapia seja um processo eficaz, em alguns casos os profissionais podem recomendar um trabalho multidisciplinar. Psicólogos e médicos psiquiatras costumam atuar em conjunto, utilizando uma combinação entre psicoterapia e medicação

Teleterapia ou Orientação Psicológica Online
Estudos importantes têm demonstrado a eficiência dos atendimentos psicológicos online, nos casos de Síndrome do Pânico.
A terapia online, também conhecida como teleterapia, é um campo crescente. Através desse processo, um psicólogo realizar a sessão através da internet por meio de videoconferência, chat on-line ou até mesmo um telefonema. No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia ainda não aceita a nomenclatura amplamente utilizada mundialmente. Aqui essa modalidade de atendimento é chamada de Orientação Psicológica Online e é limitada a 20 encontros. Muito se discute à respeito das regulamentações, e neste momento psicólogos do Brasil inteiro estão se reunindo para discutir uma resolução antiga e desatualizada, que data de 2012.

Resultados do atendimento psicológico online
Fato é que existem resultados comprovados dos benefícios do atendimento online, principalmente em quadros de Síndrome do Pânico. Em casos onde os pacientes possuem um grande medo de sair da sua própria casa, os atendimentos podem ter início através de uma videoconferência, até que o paciente passe a sentir-se mais seguro e confiante para realizar atividades cotidianas e locomover-se até o consultório do seu psicólogo. A terapia online também pode ser útil para indivíduos que não podem sair de sua casa, que enfrentaram um procedimento cirúrgico, que trabalham horas não convencionais, bem como as que estão no exterior ou que vivem em áreas rurais ou remotas.

https://www.vittude.com/blog/sindrome-do-panico-sintomas-fisicos/

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